Lixo eletrônico - problema e soluções

O lixo tecnológico ou eletrônico possui uma grande quantidade de substâncias prejudiciais ao ambiente e ao homem. Neste artigo procuro trazer o resultado de minhas pesquisas sobre o assunto, incluindo soluções e dicas do que podemos fazer para amenizar o problema.

Aparentemente estas duas palavras (lixo e tecnologia) não tem muito a ver uma com a outra, ou quando tem é no melhor dos sentidos, ou seja, no sentido de algum tipo de tecnologia que trate ou dê destino adequado para o lixo. Porém estou querendo me referir ao sentido ruim que, juntas, podem formar. O sentido de que a tecnologia que utilizamos todos os dias vira lixo. Porque?

  1. Você já percebeu com que velocidade as tecnologias são substituídas (veja o exemplo dos telefones celulares e computadores);
  2. Quando se substitui uma tecnologia, para onde vão os equipamentos “obsoletos”? (difícil de responder esta...acho que a maioria para o lixo não é?).

Está ai o motivo porque estas palavras andam juntas em seu pior sentido. Em nosso dia a dia não pensamos nisto, não pensamos o quanto uma bateria de celular ou de notebook vão poluir o solo ou os lençóis freáticos (e muitas vezes nem sabemos que poluem), ou mesmo os demais componentes como plástico e metais pesados. Nossa preocupação está geralmente em nos manter dentro da “onda”, da tecnologia.

E nos enganamos redondamente pensando que são apenas os equipamentos de alta tecnologia como computadores, câmeras e celulares que poluem o ambiente. Rádios, tv's, aparelhos de som, aparelhos elétricos, lâmpadas eletrônicas e etc. também contém inúmeros elementos altamente poluentes.

Esta questão tem me deixado bem incomodado pois não se fala, ou se fala muito pouco, sobre a questão. Uma espécie de vácuo se formou na abordagem do assunto, onde o mais importante mesmo é comprar o que é de última geração, mas que é de extrema importância. Um lixo altamente poluente e que não se tem a menor idéia do que fazer com ele.

Como exemplo do descaso quanto a este material tão danoso, a atual legislação ambiental do estado de São Paulo (2008) que trata especificamente dos resíduos sólidos, os equipamentos eletrônicos nem citados são e na esfera da legislação nacional, a resolução que trata do assunto está em revisão a cerca de 4 anos no CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente ).

Neste artigo procuro trazer o resultado de minhas pesquisas sobre o assunto à fim de esclarecer nossos leitores e ajudá-los a tomar atitudes efetivas, porém sem a pretensão de esgotar o assunto.

Uma radiografia do lixo eletrônico.

Ao olhar um computador, um celular e outros equipamentos externamente não temos a noção da diversidade de materiais que ele contém, inclusive vários materiais nobres (ouro, platina, etc.) e que acabam indo parar no lixo, podendo contaminar a água do subsolo, o próprio solo e a atmosfera, caso sejam queimados. Abaixo listei alguns dos componentes que encontramos dentro de um computador ou aparelhos eletrônicos.

Do que é composta uma tonelada de sucata eletroeletrônica mista:
Ferro Entre 35% e 40%
Cobre 17%
Chumbo Entre 2% e 3%
Alumínio 7%
Zinco 4% a 5%
Ouro 200 a 300 gramas
Prata 300 a 1000 gramas
Platina 30 a 70 gramas
Fibras plásticas 15%
Papel e Embalagens 5%
Resíduos não recicláveis Entre 3% e 5%

 

Do que é feito um computador
Metal Ferroso 32%
Plástico 23%
Metais não ferrosos (chumbo, cádmio, berílio, mercúrio) 18%
Vidro 15%
Placas eletrônicas (ouro, platina, prata e paládio) 12%

Fonte: Programa Ambiental das Nações Unidas

Aproximadamente 94% dos materiais contidos nos aparelhos eletro-eletrônicos podem ser reciclados.

As substâncias tóxicas dos computadores e celulares
Chumbo - Prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso. Afeta sangue, rins, sistema digestivo e reprodutor
Cádmio - É um agente cancerígeno. Acumula-se nos rins, no fígado e nos ossos, o que pode causar osteoporose, irritação nos pulmões, distúrbios neurológicos e redução imunológica
Níquel - Causa irritação nos pulmões, bronquite crônica, reações alérgicas, ataques asmáticos e problema no fígado e no sangue
Mercúrio - Prejudica o fígado e causa distúrbios neurológicos, como tremores, vertigens, irritabilidade e depressão
Zinco - Produz secura na garganta, tosse, fraqueza, dor generalizada, arrepios, febre, náusea e vômito

(Referência 3) Revista época

Como pode ser visto nas tabelas, muitos destes componentes são altamente poluentes quando lançados indiscriminadamente no meio ambiente.

E o problema é mais sério do que imaginamos. Fala-se muito em reciclagem de vários materiais mas não na dos equipamentos de tecnologia.

Ai vão mais alguns dados para que possamos ver o peso deste tipo de lixo:

  • Um simples chip eletrônico, menor que a unha de um mindinho, exige 72 gramas de substâncias químicas 32 litros de água para ser produzido;
  • O Ministério do Meio Ambiente acredita que, entre 1996 e 1999, tenham sido descartadas, em todo o Brasil, 11 toneladas de baterias. Cerca de 80% delas tinham a combinação de níquel e cádmio, a mais tóxica;
  • Por ano, são produzidos 50 milhões de toneladas de lixo eletroeletrônico no mundo 5% de todo o lixo gerado pela humanidade (Greenpeace);
  • No ano passado, no Brasil, foram vendidos mais de 10 milhões de computadores e a estimativa é de que o número de computadores até o ano passado é de 31,5 milhões (referência 1);
  • Até 2007 existiam no Brasil mais de 124 milhões de celulares. Em média os usuários trocam de celular a cada 18 meses (referência 1);
  • Estima-se que mais de 100 milhões de lâmpadas fluorescentes sejam descartadas no país por ano. Deste total apenas 6% são reciclados (referência 1).

Países lixão ?

Por incrível que pareça já existem países virando “depósito de lixo” tecnológico dos países ricos, como é o caso de Gana, que a reportagem do portal G1 cita (g1). Este lixo, cuja existência foi denunciada pelo Greenpeace, é composto por celulares, aparelhos de TV, computadores e etc. O greenpeace também já havia identificado depósitos do mesmo tipo na China, Índia e Nigéria. Além da contaminação do solo e prejuízos a agricultura e a lençóis subterrâneos de água, este lixo eletrônico também afeta crianças e adultos que trabalham nos lixões em busca de materiais que possa ser vendidos.

Uma situação absurda, principalmente se considerarmos que, segundo o greepeace, este lixo vem de países como Alemanha, Suíça e Holanda, dente outros, que se enquadram nos países “civilizados” e que muitas vezes tomamos como exemplo a ser seguido. Se confirmada esta informação podemos imaginar então como é fácil ficar bonito e limpo para os turistas. Basta jogar seu lixo em lugares bem longe da vista, de preferência em outro país!

Mas não são apenas estes países que sofrem com o problema. No Brasil este e-lixo acaba nos lixões junto com todo tipo de material, o que agrava ainda mais os problemas de contaminação.

Iniciativas para minimizar ou sensibilizar as pessoas sobre o problema

Apesar dos problemas, algumas soluções já despontam. Empresas especializadas em montagem de computadores estão reaproveitando peças antigas para montar computadores e revender para setores que não necessitam de grande poder de processamento para atuar. Empresas pequenas ou no início de suas atividades também podem adquirir computadores reciclados. Mas a seguir cito algumas experiências interessantíssimas.

A Itautec é um exemplo de como faturar com o e-lixo. No ano passado, ela faturou 195 mil reais com a comercialização de seus equipamentos obsoletos e material usado (referência 3).

O Sebrae está incentivando este novo tipo de mercado para a abertura de novos negócios. Ela cita a experiência de empresas de reciclarem de material eletroeletrônico. Os materiais obtidos da reciclagem dos computadores e outros equipamentos (fios de cobre, metais, vidro etc) viram matéria prima para novos usos pela indústria. O vidro dos monitores, por exemplo, pode virar piso. O entrave para a expansão neste caso é a falta de uma estrutura de coleta dos equipamentos. Ai temos um paradoxo: existe muito lixo para ser reciclado e negócios para serem expandidos ou criados, porém não existe uma coleta regular deste material que forneça a matéria prima para as empresas. Segundo o Sebrae, o principal motivo para isto é a falta de uma regulamentação por parte do governo que obrigue os fabricantes a coletarem o material e encaminharem para a reciclagem. Outro motivo apontado é a falta de divulgação dos serviços de reciclagem, bem como onde o usuário pode levar seu equipamento antigo para um correto descarte.

Outra ação interessante é a do belga Etienne Delacroix, que atua no Brasil desde 2003, e desenvolve um projeto de reciclagem do lixo tecnológico e esteve presente na Campus Party 2008. Uma interessantíssima reportagem que pode ser lida na referência 2.

A CETESB (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Básico e de Defesa do Meio Ambiente) implantou o projeto TI-verde que visa diminuir o impacto ambiental proveniente dos equipamentos eletrônicos, tanto da própria instituição quanto de outras fontes. Através do credenciamento de empresas de reciclagem e emissão de licenças de instalação e operação, acompanhamento dos índices de reciclagem, balanços de quantidade de lixo, desenvolver campanhas de educação ambiental além de encaminhar seus próprios equipamentos obsoletos para operações internas para doação a instituições direcionadas para a inclusão digital. Outros equipamentos obsoletos serão encaminhados para a reciclagem. Além disto está previsto a criação de um índice de reciclagem que reflitam as quantidades de material reciclado com também os riscos associados aos elementos presentes em tais equipamentos. Outra possibilidade que está em estudo seria a parceria com outros órgãos como o Correios, onde os equipamentos usados poderiam ser entregues para depois serem encaminhados para os devidos locais de reciclagem ou doação.

Metas Projeto TI-Verde

  1. Alertar para a problemática do lixo eletrônico;
  2. Promover o desenvolvimento da indústria de reciclagem do lixo eletrônico
  3. Promover parcerias para Campanha de Educação Ambiental e para coleta dos micros domésticos;
  4. Promover o reuso de equipamentos, aumentando seu tempo de vida e reduzindo a quantidade de lixo eletrônico;
  5. Promover a Inclusão Digital através do reuso de microcomputadores;
  6. Evitar a contaminação ambiental e a saúde pública devido à disposição incorreta do lixo eletrônico.


O IEEE (instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos ) estabeleceu padrões para desempenho ambiental dos computadores pessoais (PCs), notebooks e monitores:

  1. Redução/eliminação de materiais prejudiciais ao ambiente como cádmio, mercúrio, chumbo, cromo hexavalente, PVC, etc;
  2. Seleção criteriosa dos materiais;
  3. Projetar prevendo o fim da vida útil: mínimo de 65% de material reciclável, mínimo de 90% do material reciclável ou reutilizável;
  4. Aumentar a longevidade do produto através da expansão do ciclo de vida do mesmo;
  5. Prever a possibilidade de atualização (upgrade);
  6. Conservação de energia: Energy Star
  7. Gerenciamento do final da vida: retorno ao fabricante, auditoria aos parceiros de reciclagem, reciclagem das baterias recarregáveis;
  8. Desempenho corporativo: existência de Política Corporativa Ambiental consistente com a ISO 14001;
  9. Embalagem: 90% reciclável ou reutilizável .

Uma resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente de 1999 obriga os fabricantes de equipamentos a coletar, armazenar e reciclar as baterias utilizadas em seus equipamentos. Mas para isto o cliente deve leva-las às lojas. Segundo a revista Época, a Motorola coleta em todo o país 20 toneladas de baterias anualmente. Segundo a mesma revista a operadora Vivo recolheu 7 mil baterias nos anos de 2002 e 2003 e as revendeu para empresas do exterior. A operação resultou em R$ 160 mil de arrecadação, que foram doados a entidades assistenciais. (referência 3)

Na Inglaterra foi criado um homem feito de sucatas de lixo eletrônico, baseado no que um ciadão (inglês) consome durante sua vida.

escultura feita de lixo eletrônico

O greenpeace criou um ranking dos fabricantes de eletrônicos e suas iniciativas para serem mais ambientalmente responsáveis. Você pode conhecer este ranking visitando o endereço www.greenpeace.org/electronics (em inglês)

empresas mais ecologicas

Mas o que nós podemos fazer, afinal

Esta é a pergunta chave, o que podemos fazer?
Bom, ela envolve muitas iniciativas e vai além do listado abaixo, mas vou citar algumas que acredito serem relevantes:

  • Pare de se render ao apelo do mercado: Trocar de celular ou de computador todo ano (a não ser que seja estritamente necessário para o seu trabalho) não faz o menor sentido se ele estiver funcionando e servindo às suas necessidades! Você evita gastar dinheiro e evita poluir o meio ambiente;

  • Seu computador está muito lento? Compre um novo mas doe o seu antigo para uma pessoa que precisa dele, um amigo, uma instituição etc;

  • Estenda a vida útil de seus equipamentos. No caso dos computadores, por exemplo, muitas vezes a lentidão se deve aos arquivos perdidos e “lixo” deixado pelo sistema operacional. Os vírus também podem deixar seu computador lento. Uma solução seria fazer um backup de seus arquivos e depois formatar o computador, reinstalando novamente o sistema operacional. Passar um anti-vírus antes de formatar a máquina pode resolver o problema sem a necessidade da formatação;

  • Você também pode utilizar sites de troca para fazer aquele chamado “rolo”;

  • Venda seu computador ou as peças separadamente (no caso de desktops pode-se vender separadamente a CPU, o monitor, teclado, mouse, caixas de som ou mesmo as peças individualmente, caso você tenha algum conhecimento em hardware), que seja por um preço mínimo, mas que alguém possa reaproveita-lo. Sites de leilão também pode ser uma boa;

  • Bateria: Nokia, Gradiente, Siemens e Motorola têm urnas em todas as lojas das operadoras e oficinas autorizadas para o descarte das baterias . O Banco Real também recebe pilas e baterias usadas em suas agências bancárias;

  • Muitas empresas fabricantes de eletrônicos e operadoras de celular já recebem de volta os aparelhos usados. Ligue para a sua operadora e se informe ou mesmo na loja em que adquirir seu novo equipamento;

  • Utilize como critério de compra, além do preço, a responsabilidade que a empresa assume com o meio ambiente;

Abaixo se encontram as ações que algumas empresas de tecnologia adotam com relação ao e-lixo, listadas em reportagem do portal G1 (referência 4)

Claro
A empresa recolhe em 140 lojas telefones celulares, baterias e acessórios de qualquer fabricante. Até o segundo semestre, diz a companhia, todos os pontos de venda no país terão uma urna coletora, incluindo mais de 3,3 mil de seus agentes autorizados. Segundo a Claro, todo o fluxo de reciclagem realizado pela GM&C é monitorado, desde o recolhimento dos eletrônicos até a destinação final.

Dell
Entre os três principais fabricantes de computador no país, essa é a única que apóia uma política de coleta de computadores usados. “Temos a estratégia global de nos tornarmos a empresa de tecnologia mais verde do mundo, e o programa de reciclagem faz parte dessa meta”, explica Gleverton De Munno, gerente sênior de assuntos corporativos. Economia no consumo de eletricidade e diminuição na emissão de carbono também estão entre as iniciativas.

Por enquanto, os clientes da Dell que querem doar computadores (dessa ou de qualquer outra marca) são direcionados à Fundação Pensamento Digital, que tem a fabricante como parceira. A partir do segundo semestre, afirmou De Munno ao G1, a empresa disponibilizará um sistema de coleta que vai até a casa do consumidor para retirar a máquina usada.

HP
Disponibiliza campanhas sazonais chamadas Trade-in (veja disponibilidade aqui), realizadas em grandes lojas de varejo. Com ela, equipamentos usados de qualquer marca ou modelo podem ser revertidos em descontos na compra de impressoras, multifuncionais e scanners da HP. O abatimento no preço chega a R$ 300.

A empresa também tem uma política de recolhimento de cartuchos para clientes corporativos. Quando reciclados, diz a HP, eles podem ser utilizados na produção de peças automotivas, bandejas para microprocessadores e telhas de cobertura.

Motorola
Os clientes dessa empresa podem devolver seus aparelhos e baterias em assistências técnicas autorizadas. Entre os motivos para a reciclagem divulgados pela empresa estão: evita a extração de metais e elementos químicos, somente nos Estados Unidos cerca de 100 milhões de celulares entram em desuso anualmente e a cada segundo cerca de 23 celulares são fabricados ao redor do mundo.

Nokia
Os usuários de telefones dessa fabricante podem entregar seus telefones, baterias e acessórios para as assistências técnicas listadas aqui. Na seção de reciclagem de seu site, a empresa afirma que 80% de um telefone celular pode ser reciclado.

Sony Ericsson
Empresa de tecnologia mais verde, segundo o ranking do Greenpeace, a Sony Ericsson recolhe telefones celulares em grandes magazines ou assistências técnicas autorizadas. Para saber quais os endereços, o consumidor pode solicitar essa informação on-line ou ligar para (011) 4001-0444.

TIM
Em todo o país, as lojas e revendas exclusivas da operadora recolhem aparelhos celulares, baterias e acessórios, que recebem destinação “de acordo com as normas ambientais”. Alguns Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná) têm também o programa Papa-Pilhas, que deve ser expandido para o resto do Brasil até o final do ano. Desenvolvido em parceria com o Banco Real, ele é mais abrangente: aceita também pilhas, telefones sem fio e laptops, além dos outros itens já citados.

Vivo
A operadora tem 3,4 mil pontos de venda e revenda que aceitam celulares, acessórios e baterias. Os itens recolhidos são encaminhados para um descarte apropriado e, segundo a empresa, o recurso obtido com esses eletrônicos vai para o Instituto Vivo. A Belmont Trading, empresa responsável pela coleta, triagem e descarte, afirma que 80% dos aparelhos são reciclados e 20% são revendidos em outros países.


Abaixo seguem algumas referêcias de onde encaminhar o lixo eletrônico de sua casa:

  • Neste link (cdi.org.br) você pode fazer a sua doação;

  • SUCATA DE INFORMÁTICA E ELETROELETRÔNICOS - (11)7408-4021 www.pcguia.com.br – São Paulo - (11)7408-4021 - paulo@pcguia.com.br;

  • Usuário doméstico: o Museu do Computador, em São Paulo, aceita computadores velhos para doação. Tel. (11) 5521-3655;

  • Empresas: usuários corporativos podem doar os computadores aos Centros de Recondicionamento de Computadores, do governo federal. E-mail: projeto.ci@planejamento.gov.br;

  • Qualquer um: a empresa Planac, de São Paulo, compra os equipamentos velhos. Tel. (11) 2106-2300;

Conclusão

Apesar do descaso e da falta de conhecimento, o lixo eletrônico não é menos nocivo do que o lixo dito convencional, pelo contrário, ele é ainda mais poluente devido a inúmera quantidade de elementos altamente nocivos quando lançados indiscriminadamente na natureza. Estes poluente estão presentes especialmente nas baterias e capacitores, dispositivos que armazenam energia.

O primeiro passo para a melhora do atual quadro é se conscientizar sobre o problema, já que não podemos fazer nada com respeito a algo que nem sabemos que existe, não é ?!

Depois desta fase inicial devemos procurar meios de amenizar o problema, seja pelo controle no consumo destes equipamentos, seja pelo correto encaminhamento destes quando não os queremos mais.

A atitude final a ser adotada seria incentivar as empresas que fabricam produtos com menor impacto serem contempladas na hora da compra, ou aquelas que se comprometem em recolher o equipamento antigo.

Assim estaremos caminhado para uma civilização realmente avançada, que trata seu lixo e o reaproveita, e não simplesmente despeja o que não serve mais em qualquer lugar. Divulgue esta idéia.

Leia também: Ciclo da Reciclagem: o lixo gerando novos produtos

Leia também: Os três R's (erres) do consumo consciente



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