No mínimo KOYAANISQATSI é um filme diferente e já começa pelo fato de não ter diálogos, apenas música. Você poderia pensar que se trata de um destes filmes mudos antigos que foram reeditados com uma trilha musical. Bom, mas o filme também não tem própriamente uma história.
Sendo o primeiro filme de uma trilogia, KOYAANISQATSI é diferente porque ele mostra apenas sequências de imagens e a música que as acompanha. Para quem gosta de artes visuais/fotografia é imperdível.
A idéia dos autores foi mostrar como a vida moderna está fora do eixo natural, cada vez mais acelerada e como a tecnologia tem influência sobre esta aceleração. Porém, ao invés de utilizar a linguagem falada (que muitas vezes cai no velho clichê), as imagens contam uma história muito mais densa e comovente.
A ausência do diálogo também é um ponto importante pois, além do que foi citado acima, segundo o compositor Philip Glass a ausência de diálogos cria um vácuo entre a imagem e a música, vácuo este que permite ao espectador refletir ao invés de simplesmente aceitar ou rejeitar uma idéia.
Por vezes o envolvimento com as imagens e a música pode ser tão grande que o espectador corre o risco de ser hipnotizado! Claro que é uma brincadeira, mas realmente o envolvimento pode ser muito forte, em especial nos momentos em que uma espécie de mantra é cantado com a palavra KOYAANISQATSI.
Se você gosta de cinema e arte vai gostar deste filme!